Biologia & Ciências
21/03/2011
Japão detecta excesso de radiação em leite e espinafre
Amostras de leite e espinafre das cidades de Fukushima – palco do acidente nuclear na usina de Daiichi por conta do terremoto de magnitude 9 – e Ibaraki, no Japão, apresentaram excesso de radiação, afirmaram autoridades japonesas. O governo também afirmou que as águas correntes de Tóquiio e de cinco províncias do país também apresentam pequenas amostras de iodo radioativo e césio, porém sem risco à saúde humana.O porta-voz do governo Yukio Edano afirmou que a radiação estava acima dos padrões regulamentados no país. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), o Ministério da Saúde do Japão solicitou uma investigação sobre produtos alimentícios vindos de Fukushima.
A AEIA também confirmou a contaminação por iodo radioativo. Segundo a agência da ONU, amostras de comida nos arredores de Fukushima foram analisadas entre 16 e 18 de março.
Apesar da meia-vida do elemento presente nos alimentos ser de apenas 8 dias, as autoridades japonesas afirmam que há risco aos consumidores no curto prazo.
Quando ingerido, o iodo radioativo pode ser acumulado e causar danos à glândula tireóide. Para combater esse efeito, o governo japonês recomendou a distribuição de cápsulas de iodo estável (não radioativo) aos refugiados da área de 20 quilômetros ao redor de Fukushima, para evitar que o material radioativo seja absorvido.
Edano disse que o governo foi informado na sexta-feira (18) que altos níveis de radiação foram detectados em leites de vacas em uma fazenda na cidade de Fukushima, segundo informou a rede de televisão “NHK”. O porta-voz ainda divulgou que o governo recebeu a informação de que seis amostras de espinafre testadas em um instituto de pesquisa na cidade de Ibaraki continham níveis mais altos de radiação do que o padrão oficial.
Segundo a “NHK”, o ministro da Saúde do Japão pediu que Ibaraki identifique onde essas amostras de espinafre foram retiradas e qual é sua rota de distribuição.
Esta notícia foi publicada em 21/03/2011 no sítio ambientebrasil.com. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.