Biologia & Ciências
13/10/2010
Mosquitos geneticamente modificados no combate a dengue
A Malásia pode se tornar o primeiro país da Ásia a usar mosquitos geneticamente modificados no combate à dengue, comentaram fontes do governo.O programa prevê a liberação de machos da espécie para que se acasalem e produzam descendentes com tempo de vida menor – o que reduziria a população do inseto transmissor da doença.
O governo malasiano pretende liberar entre 2.000 a 3.000 mosquitos geneticamente modificados em duas áreas, explicou um funcionário do Ministério da Saúde do país, Lim Chua Leng.
Os testes preliminares realizados em laboratório deixaram os cientistas malasianos bem otimistas. “É um projeto piloto, e espero que funcione”, disse o primeiro-ministro Najib Razak a jornalistas durante uma conferência da organização mundial da saúde (World Health Organization, ou WHO).
Diretor regional da WHO para a região do Pacífico, Shin Young-soo disse que a iniciativa é bem-vinda como ação de combate à dengue, mas também lembrou que é preciso ter precaução ao se introduzir novas espécies no ambiente.
A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é muito comum em países da América Latina e da Ásia. Os sintomas incluem febre alta, dor nas juntas e náusea, mas em vários casos pode levar à hemorragia interna, inchaço do fígado, problemas circulatórios e até à morte. Não existe cura ou vacina para a enfermidade.
Segundo o primeiro-ministro, o país precisa de “maneiras inovadoras” no combate à dengue, já que os métodos tradicionais continuam sendo ações contra focos de transmissão, como a água parada.
As mortes na Malásia causadas pela dengue totalizaram 177 casos no período entre janeiro e outubro – um aumento de 65%. Já as infecções fecharam em 37.000 ocorrências, ou uma elevação de 17%.
Esta notícia foi publicada em 13/10/2010 no sítio ambientebrasil.com.br. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.