Disciplina - Biologia

Biologia & Ciências

13/10/2010

Criada vacina experimental contra Mal de Alzheimer

Cientistas criaram uma vacina experimental contra a beta-amiloide, a pequena proteína que forma placas no cérebro e que se acredita contribuir para o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Os pesquisadores da Universidade do Sudoeste do Texas, nos Estados Unidos, fizeram experimentos em animais para comparar os resultados da nova vacina em relação às chamadas vacinas de DNA.
A nova vacina experimental estimulou mais de 10 vezes os anticorpos que se ligam à beta-amiloide, eliminando a proteína, em comparação com as vacinas de DNA. Os resultados foram publicados na revista médica Vaccine.
Vacina contra beta-amiloide
O prosseguimento do estudo irá se concentrar agora na determinação da segurança da vacina e na verificação de se ela realmente protege as funções mentais em animais.
"O anticorpo é específico; ele se liga à placa no cérebro. Ele não se liga ao tecido do cérebro que não contém placa," explica o Dr. Roger Rosenberg, coordenador do estudo. "Esta abordagem é promissora porque gera anticorpos suficientes para ser útil clinicamente no tratamento de pacientes."
Uma vacina tradicional - uma injeção da própria proteína beta-amiloide no braço - mostrou-se capaz, em outras pesquisas, de acionar uma resposta imunológica, incluindo a produção de anticorpos e outras defesas do corpo contra a beta-amiloide.
No entanto, a resposta imune a esse tipo de vacina algumas vezes causou um inchaço cerebral significativo. Foi por isso que o Dr. Rosenberg e sua equipe se voltaram para o desenvolvimento de uma vacina de DNA não-tradicional.
Vacina de DNA
A nova vacina de DNA não contém a própria proteína beta-amiloide, mas sim um pedaço do gene da beta-amiloide, que codifica a proteína.
Neste estudo, os pesquisadores revestiram minúsculas esferas de ouro com o DNA da beta-amiloide e injetaram as nanopartículas na pele da orelha dos animais.
Uma vez no corpo, o DNA estimulou uma resposta imunológica, incluindo a criação de anticorpos para a beta-amiloide.
O próximo passo da pesquisa será testar a segurança da vacina a longo prazo em animais, segundo o Dr. Rosenberg.
"Depois de sete anos desenvolvendo esta vacina, estamos esperançosos de que ela não irá apresentar qualquer toxicidade significativa, e que será possível desenvolvê-la para uso humano", disse ele.

Esta notícia foi publicada em 10/10/2010 no sítio diariodasaude.com.br. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.
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