Disciplina - Biologia

Biologia & Ciências

03/08/2009

Fique atento aos sinais do linfoma

Embora o linfoma seja o quinto tipo de câncer mais frequente no mundo, o assunto só chamou atenção dos brasileiros após o anúncio de que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, e a autora de novelas Glória Perez estavam com a doença. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, mais da metade da população do país (66%) nunca tinha ouvido falar dos linfomas. E entre os 34% dos entrevistados que mencionaram conhecer a doença, quase 90% não sabiam quais eram os sintomas.
O linfoma é um tipo de câncer sanguíneo que se desenvolve nos linfonodos (gânglios) do sistema linfático, responsáveis pela defesa do organismo contra infecções. Ele pode se desenvolver em qualquer parte do organismo.
O primeiro sinal do câncer é o aumento dos gânglios, principalmente nas regiões do pescoço, das axilas e da virilha. Febre, suor noturno, cansaço e dores no corpo fazem parte dos sintomas.
Crescimento
O linfoma é um dos tipos de câncer que mais cresce em todo o mundo. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, Carlos Chiattone, nas últimas duas décadas a incidência da doença aumentou cerca de 5% ao ano. “Felizmente, o linfoma tem altas taxas de cura quando diagnosticado precocemente. O maior problema é que muita gente ainda desconhece a doença”, explica.
O aumento dos gânglios pode muitas vezes ser confundido com um quadro infeccioso, como por exemplo uma amidalite. A diferença, explica a hematologista Paola Tôrres Costa, professora da Universidade Federal do Ceará (UFCE), é que, enquanto o inchaço no caso de uma infecção diminui após o quadro agudo, quando se trata do linfoma os gânglios tendem a aumentar com o passar do tempo. “A falta de informação atinge também os médicos. Um erro comum é tratar o problema como uma simples infecção, retirar cirurgicamente o linfonodo e receitar um antibiótico. Quase sempre a doença progride e se torna fatal”, alerta.
Os linfomas são resultados de um dano ao DNA de um linfócito, que ocorre após o nascimento, o que comprova que o câncer é adquirido e não hereditário. Qualquer pessoa pode desenvolver a doença, mas estão mais suscetíveis os pacientes com doenças autoimunes, que precisam tomar medicamentos imunossupressores ou que apresentam imunidade deficiente. “Doenças do tecido conjuntivo, doenças emocionais, deficiências nutricionais e a exposição à radiação também são considerados fatores de risco”, enumera Paola Tôrres Costa.
Fonte: http://portal.rpc.com.br
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