Disciplina - Biologia

Biologia & Ciências

12/04/2019

Terapia contra HIV

Terapia experimental contra HIV arranca o vírus de seu esconderijo e o destrói de vez

Por Natasha Romanzoti - Hypescience.com

Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh (EUA) desenvolveram uma imunoterapia contra o HIV que não só tira o vírus de seu esconderijo, como o mata permanentemente.

Embora não tenha sido testada em humanos ainda, os primeiros resultados são promissores e podem levar a uma vacina contra a AIDS.

HIV latente

O HIV é um vírus sorrateiro. Ele pode se esconder nas células do sistema imunológico das pessoas que tomam medicamentos diários de terapia antirretroviral, só na espera de que parem com tal tratamento para voltarem à ativa com tudo.

Isso força os pacientes a usar os remédios continuadamente, tendo que lidar com seus muitos efeitos colaterais por toda a vida.

Agora, uma equipe americana liderada por Robbie Mailliard desenvolveu um tratamento que pode obrigar o vírus a sair de seu esconderijo, para ser destruído de uma vez por todas.

MDC1

A terapia, chamada de MDC1, é capaz de atacar tanto o HIV quanto o citomegalovírus (CMV), um vírus que infecta 95% das pessoas com HIV.

“O sistema imunológico gasta muito tempo controlando o CMV,  em algumas pessoas, uma em cada cinco células-T (responsáveis pela defesa do organismo) é específica para aquele vírus”, explicou Charles Rinaldo, um dos cientistas do estudo.

Pensando que essas células também podiam combater o HIV latente, os pesquisadores projetaram a imunoterapia para ativar não apenas as proteções contra a AIDS, como as células-T auxiliares específicas para o CMV.

O plano funcionou: em experimentos de laboratório, a MDC1 foi capaz de descobrir o HIV latente em sangue infectado e matá-lo.

Próximos passos

A equipe está atualmente em busca de financiamento para realizar testes clínicos em humanos, na esperança de um dia criar uma imunização que permita que pessoas infectadas pelo HIV parem de tomar seus medicamentos diários.

Os resultados do estudo inicial foram publicados na revista científica EBioMedicine. (ScienceAlert)

Esta notícia foi publicada em 11/04/19 no site hypescience.com. Todas as informações são de responsabilidade do autor
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