Disciplina - Biologia

Obesidade - Psicoterapia

Segundo o dicionário Aurélio, a psicoterapia é uma forma de tratamento em que se empregam meios mentais (sugestão, persuasão, etc.), visando restabelecer o equilíbrio emocional perturbado de um indivíduo. A psicoterapia de apoio utiliza, em especial, técnicas sugestivas, persuasivas, reeducativas, tranquilizantes, enquanto a psicoterapia profunda recorre a técnicas catárticas que variam da psicanálise clássica ao psicodrama.

Sendo um tratamento que utiliza a psicologia, é importante ressaltar que a pessoa gorda sofre todo tipo de discriminação social e pessoal. A criança gorda recebe apelidos de toda ordem, vira ponto de referência em piadas e sua autoestima acaba bastante comprometida. Pode inibir-se socialmente, apresentar dificuldade de comportamento interpessoal, diminuição da autoconfiança, desenvolvendo uma série de estratégias de sobrevivência que tem como característica comum a evitação. Desse modo, comida acaba se tornando mais do que um prazer, e sim, “o prazer”.

Para os obesos, muitas vezes, enfrentar a sobrevivência social se torna um desafio, e alguns se tornam fóbicos sociais, outros fóbicos e deprimidos, além do quadro de ansiedade, que efetivamente se desenvolve.

É necessário interromper o ciclo vicioso e avaliar as intensas demandas psicológicas causadas pela história de restrição alimentar e a pressão social para ser magro. Ambos os fatores trabalham sinergicamente: a pressão social pode levar a excessivas dietas, as quais desencadeiam reações psicológicas e fisiológicas que levam à recuperação e ao aumento da obesidade.

A obesidade deve ser considerada uma condição crônica, que requer apoio periódico e reeducação em aspectos comportamentais e exercícios. Ciclos de perda e recuperação de peso têm mostrado aumentar os riscos à saúde e podem estar relacionados ao desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis.

Para tanto é necessário desvincular a ansiedade e outros fatores emocionais do ato de comer, trazer o comportamento alimentar para os estímulos internos da fome e restringir todos os outros que a ele se associaram na história de vida da pessoa e que se tornaram desencadeantes.

Trabalhar na psicoterapia as habilidades sociais atrofiadas durante a vida e que ajudaram a desenvolver a obesidade, identificar a existência da compulsão alimentar, resgatar o binômio fome - saciedade, entre outros -  deve estar estruturada na modificação comportamental, com estímulos que devem ser cientificamente fundamentados.
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