Obesidade - Doenças ligadas à Obesidade
O excesso de gordura corporal está relacionado ao aparecimento de inúmeras disfunções metabólicas e funcionais. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 115 milhões de pessoas sofram de problemas relacionados com a obesidade nos países em desenvolvimento, entre eles o Brasil. Dentre as várias doenças associadas a obesidade pode-se citar o desenvolvimento de diabetes mellitus, disfunções pulmonares, doenças cardiovasculares, problemas hepáticos, psiquiátricos e reprodutivos. Dessa forma, muitos riscos à saúde são propícios em maior escala, nas pessoas obesas, e os riscos podem se agravar com o grau de aumento da obesidade.
Diabetes mellitus do tipo 2
Devido a fatores genéticos, o diabetes se desenvolve independente de faixa etária, mas quanto maior o peso de uma pessoa, maior a chance de ele aparecer. Isso acontece porque o aumento do peso e da gordura no corpo ocasiona uma resistência à ação da insulina, o hormônio que auxilia o organismo a regular os níveis de glicose.
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Disfunções pulmonares
Relacionada à presença de uma substância produzida no tecido adiposo, a asma é capaz de provocar o fechamento dos brônquios. Estudos já mostraram que, quanto maior o índice de massa corporal, maior a quantidade dessa substância produzida pelo corpo. Por isso, os obesos sofrem mais de asma.
Muito comum entre os obesos, a apneia é a parada respiratória involuntária durante o sono que atinge mais da metade dos obesos mórbidos. A apneia acontece mais nos obesos porque eles têm excesso de gordura na região do pescoço e a faringe fica mais estreita, facilitando o fechamento involuntário. Na posição horizontal do corpo durante o sono, a expansão do pulmão para a respiração também é mais difícil. Ou seja, quem sofre de apneia não tem um sono normal e enfrenta problemas durante o dia, como: cansaço, dificuldade de concentração e pressão alta.
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Doenças cardiovasculares
Entre as várias doenças do coração está a hipertrofia ventricular, o aumento do músculo do coração por excesso de trabalho. A hipertrofia pode evoluir para a insuficiência e gerar arritmia; também aumenta o risco de um acidente vascular cerebral e morte súbita. O coração de uma pessoa acima do peso tem que trabalhar mais. Se o peso ideal de um homem é 70 kg, logo, o coração foi feito para trabalhar num corpo de 70 kg. Todavia, se há um sobrepeso de 30 kg, ele tem que trabalhar para um corpo de 70 kg e mais um de 30 kg, por conseguinte, fica sobrecarregado.
Outro problema comum entre os obesos, é a hipertensão. O motivo é a alta produção de insulina; por isso, muitas vezes o obeso não é diabético, entretanto, sofre com a pressão alta. A insulina age na manutenção do tamanho dos vasos sanguíneos e também favorece a absorção de água e sódio.
Vale lembrar que, uma alimentação não balanceada somada à compressão dos vasos sanguíneos, resulta na pressão alta.
Como o coração do obeso funciona com dificuldade, há um bombeamento irregular de sangue para o corpo inteiro, gerando doenças ligadas ao sistema vascular.
Partindo desse pressuposto, é comum que obesos tenham varizes e enfrentem um risco maior de ter trombose (acúmulo de coágulos de sangue dentro de vasos sanguíneos).
Os obesos têm baixa taxa de HDL, o colesterol bom que diminui o risco de ataque cardíaco e ajuda a remover o colesterol ruim das paredes das artérias. O acúmulo de gordura dentro dos vasos pode causar obstrução e até o infarto. O estudo da Universidade Estadual de Campinas apontou que o índice de colesterol alto, um problema mais comum em adultos, está atingindo também os de faixa etária inferior. Dos quase 2 mil jovens e crianças entre 2 e 19 anos que foram atendidos no Hospital das Clínicas da Unicamp, 44% apresentaram alteração nos níveis de colesterol, e a principal causa foi o excesso de peso.
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Problemas hepáticos
É o acúmulo de gordura no fígado, órgão responsável pelo metabolismo dos lipídeos, que vira glicose e vai para o sangue. Quando há um excesso de gordura ingerida, o fígado não consegue metabolizar tudo e parte se acumula no órgão, que pode desenvolver cirrose ou fibrose. Outrossim, algumas pessoas com ligeiro aumento de peso podem desenvolver esse problema e outros fracamente obesos não desenvolvem, no entanto, cerca de 40% do obesos têm esteatose.
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Problemas psiquiátricos
Estatísticas mostram que na população, 30% das pessoas não obesas terão algum tipo de depressão ao longo da vida. Já entre os obesos, esse número sobe para 89%. São pessoas que sofrem muito com a autoestima, principalmente na adolescência, uma fase em que a socialização é importante.
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Reprodução
- Infertilidade e gravidez de risco
A alta taxa de gordura no corpo provoca maior produção de testosterona (hormônio masculino), pois a menstruação fica irregular e a mulher tem mais dificuldade para engravidar. A gravidez da mulher obesa costuma ser de alto risco. Ela pode abortar devido à pressão alta e o bebê também pode ser afetado. Mulheres obesas têm o dobro de chance de ter filhos com problemas congênitos, entre eles: má formação da medula espinhal (que pode levar a um aborto ou a falta de movimento dos membros inferiores) e algum tipo de cardiopatia.
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Neoplasia
Esse tipo de crescimento desordenado de células, pode ser benigno ou virar um câncer, é facilitado pelo aumento de peso. Obesos têm deficiência de um tipo de linfócito chamado “natural killer” (assassino natural) que combate células mutantes.
Muitos casos de câncer são combatidos pelo corpo porque essas células atuam na defesa. No entanto, no caso específico do obeso, as células não conseguem combater sozinhas e o tumor pode se desenvolver.
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Fontes de Pesquisa